Colostomia definitiva: entenda o procedimento feito por Preta Gil
A cantora revelou que usará a bolsa de colostomia de forma definitiva
Por: Marina Costa
No último domingo (26), a cantora Preta Gil utilizou as redes sociais para atualizar os fãs sobre as etapas do seu tratamento contra o câncer no intestino, que retornou em agosto de 2024. Ela informou que precisou colocar uma bolsa de colostomia definitiva, diferente da bolsa provisória que utilizou no ano passado. Além do câncer, o procedimento é indicado em alguns quadros clínicos, como na Doença de Crohn, bloqueios no intestino, diverticulite, traumas no cólon ou no reto, entre outros.
A colostomia é uma cirurgia responsável pela criação de uma abertura artificial (ostomia) no abdômen para possibilitar a eliminação de fezes e gases diretamente na bolsa de colostomia quando o intestino grosso do paciente não está funcionando de maneira correta. O tratamento é realizado quando parte do intestino foi removido ou quando não pode ser utilizado adequadamente de forma temporária ou definitiva. "A bolsa de colostomia serve para desviar o trânsito intestinal. Pode ser porque o paciente sofreu algum trauma ou alguma inflamação em que é preciso evitar que as fezes passem pelo canal do intestino. Ou quando foi necessária a retirada de uma parte do órgão. A ideia é garantir que o conteúdo intestinal não caia na cavidade abdominal e saia pela colostomia", explica o cirurgião-geral do Hospital Jayme da Fonte, Omar Jacobina.
Em 2023, a cantora foi diagnosticada com câncer no intestino e precisou passar por uma cirurgia para a retirada de parte do intestino grosso. Durante o período, ela utilizou a bolsa de colostomia temporária. Logo depois, Preta informou que estava em remissão. Porém, o câncer retornou em 2024 e um procedimento para amputar o reto foi realizado. Outra intervenção cirúrgica para remover novos tumores do intestino grosso também foi realizada.
Na maioria dos casos, a colostomia e o uso da bolsa de colostomia é temporário. Mas assim como Preta Gil, existem quadros em que o procedimento é definitivo. Apesar do impacto social na vida do paciente, o cirurgião garante que é possível ter uma rotina normal mesmo com o uso definitivo da bolsa de colostomia.
"Não existe nenhuma limitação para o paciente ostomizado. As principais recomendações para evitar complicações são: asseio adequado, trocar a bolsa a cada quatro ou cinco dias, e o fortalecimento da parede abdominal, para evitar o prolapso", finaliza Omar Jacobina.
Consolidado no Polo Médico do Recife, o Jayme da Fonte é um moderno complexo hospitalar, com serviços de urgência e emergência 24h em traumato-ortopedia, bem como clínica médica, cirurgia geral e cardiologia.