Hospital Jayme da Fonte

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Data publicação: 10/03/25 | Fonte: Folha de Pernambuco - Vida Plena

Leptospirose: diagnóstico precoce pode viabilizar cura da doença

Patologia é transmitida por urina de animais roedores, principalmente de ratos

Transmitida pela urina de animais, principalmente ratos, contaminada com a bactéria Leptospira, a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda. Ela acomete o ser humano quando há contato da pele lesionada ou imersão dela, por longos períodos, em água contaminada ou por meio de mucosas. O espaço de tempo entre a infecção e o surgimento dos primeiros sintomas pode variar entre um e 30 dias.

A doença se apresenta através de hemorragias, febre alta, dores musculares intensas, cefaleia e alguns acometimentos mais graves que afetam o trato renal ou hepático.

Os níveis de gravidade da leptospirose são dois: precoce e tardio. Neste último caso, o risco de letalidade é de 40%. Segundo o Ministério da Saúde, a evolução de graus acontece em até 15% dos pacientes.

Contudo, se houver diagnóstico precoce da doença, como explica a médica clínica do Hospital Jayme da Fonte, Ana Beatriz Carvalho, as chances de cura são maiores. A especialista diz ainda como funciona o tratamento da doença.

- Se for de forma leve, geralmente [o tratamento] acontece através de antibiótico via oral. Se tiver acometimento de algum outro sistema, como hepático, renal ou aparecer alguma manifestação clínica, é importante que haja o internamento, para ter um acompanhamento médico mais de perto e um suporte mais especializado para o paciente- , detalha ela.

O diagnóstico pode ser feito através da coleta de sangue, no qual será constatada a presença de anticorpos para leptospirose ou a presença da bactéria. O exame laboratorial depende da fase evolutiva da doença no paciente. Se for na fase precoce (primeira semana da doença), serão feitos o exame direto, cultura ou Detecção do DNA pela reação em cadeia da polimerase (PCR). Já se o paciente se encontra na fase tardia, serão feitos o exame de Cultura, ELISA-IgM ou microaglutinação (MAT).

Ainda de acordo com Carvalho, há sinais de alerta que podem indicar ao paciente a necessidade de procurar um serviço médico o mais rapidamente possível. Ela destaca que isso pode ser feito - se aparecer urina escurecida, pele amarelada ou sangramentos- , para evitar que a doença venha evoluir de forma fatal.

Cuidado em tempos de chuva e Carnaval

Outra recomendação da médica clínica é para que as pessoas prestem atenção ao período chuvoso, que tanto afeta a Região Metropolitana do Recife, ou para quem pisou, enquanto brincava Carnaval, em alguma poça de lama, teve contato com água suja ou alimentos contaminados pela urina de roedores.

- Se você apresentar quaisquer sintomas clínicos já citados [febre, dores musculares intensas, principalmente na região da panturrilha, diarreia, mal-estar ou calafrios], desconfie e procure um serviço médico para uma avaliação mais precisa- , continuou.

- A prevenção consiste em evitar contato com águas de poços, de alagamento ou lama, porque não sabemos de onde vieram. Também tem que ingerir alimentos e água potáveis longe de roedores, lavar sempre as mãos e manter permanentemente uma boa higienização, tanto dos alimentos quanto os dos líquidos- , finalizou Ana Beatriz.